Terezinha de Jesus, nasceu em
Florânia (RN) em 03 de julho de 1951. O seu pai, Josué Teodoro da Cruz, cantava,
e a mãe, Maria de Menezes Cruz, tocava violão, a irmã, Maria Odaíres da Cruz
Dantas, é cantora.
Terezinha de Jesus cantou, pela
primeira vez, aos cinco anos de idade, em um palanque da prefeitura na cidade
de Santa Cruz, interior do Estado, onde morou. Veio residir, em Natal em 1969
onde cursou até o segundo ano de serviço social.
Nas décadas de 1960 e 1970,
Terezinha de Jesus, Odaíres e Mirabô fizeram sucesso em Natal com os músicos
Marcos Tassino, Joel Câmera e Marcos Silva, entre outros, na época dos
festivais e do tropicalismo.
RIO DE
JANEIRO
Foi morar no Rio de Janeiro em
1972. Participou de um show ao lado de Zé Ramalho, Mirabô e Leno (Gileno e Banda)
em 1978. A banda era composta por Joca Costa (guitarra), Hernan Torres (baixo)
e Gustavo (bateria). Na capital carioca concluiu o curso superior de música, em
1980. Nos primeiros anos na cidade, foram seus companheiros Fagner, Morais
Moreira, Gonzaguinha, Sueli Costa e Capinan. Adotou o nome “Terezinha de Jesus”
por sugestão do compositor Abel Silva, apoiado por Paulinho da Viola e Capinam.
Por indicação de Fagner, chegou a gravadora CBS. A cantora gravou nomes
consagrados da MPB, entre eles, Fagner, Lupicínio Rodrigues, Capinam, Mirabô,
Enoch Domingos e João Batista Campanholi.
Fez parte do coro na música
Cidade do Sol, de Maurício Tapajós e Mirabô, gravada por Aldir Blanc e Maurício
Tapajós. A cantora teve participação especial na música “Do Jeito que o Rei
Mandou”, com Luiz Gonzaga e João Silva, gravada no compacto de Tácito Carvalho,
e no LP “Notícias do Brasil”, do Quinteto Violado, cantando com Fernando
Felizola. Participou ainda, dos Discos Ritmo, de Chico Batera; Taperoá de Vital
Farias; Nordeste já, Projeto Vitrine; Asas da América 2 – frevo; O melhor do
Nordeste – vol.II; Movimento Musical Brasileiro; Promocional CBS e Promocional
n.4.
EM NATAL
Voltou a morar em Natal em 1995, sendo
atração local no Projeto Seis e Meia, da Fundação José Augusto, no Teatro
Alberto Maranhão, em julho de 1996 (o cantor Belchior se apresentou na mesma
noite), e em 1997(“janela para Dominguinhos). Algumas músicas de sucesso da
carreira da cantora foram remasterizadas pela Polydisc, na coletânea do CD 20
Super sucessos, em 1997.
Ícone potiguar e expoente de uma
grande fase da música nordestina no Brasil, a veterana Terezinha de Jesus desde
2019 voltou a cantar. Aos 70 anos de vida, completados do último dia 3 de
julho, ela lançou o videoclipe da música “Amor ou solidão” ( selecionado na Lei
Aldir Blanc RN) no Youtube e Instagram. A canção, composta pelos mestres Mirabô
e Capinam, assinala o desejo de Terezinha em retomar sua arte, apresentá-la às
novas gerações e reencontrar os velhos fãs. Gravou também recentemente o clipe
"Carne dos Rios", selecionado no Edital de Fomento à Cultura da
Fundação José Augusto.